Mais de 30% dos advogados estão insatisfeitos com renda na área jurídica
Pesquisa com advogados de todos os Estados e do DF foi coordenada pelos professores da USP Claudio de Souza Miranda e Marco Aurélio Gumieri Valério.
32,9% dos advogados estão insatisfeitos, total ou parcialmente, com a renda que a atuação na área jurídica tem gerado. É o que revela pesquisa com advogados de todos os Estados e do DF, coordenada pelos professores da USP Claudio de Souza Miranda e Marco Aurélio Gumieri Valério.
O ICAJ – Índice de Confiança dos Advogados na Justiça, criado em 2010, levantou diversos pontos de interesse na área jurídica. A pesquisa foi desenvolvida via internet, por questionários enviados por e-mail a advogados.
Entre as perguntas do questionário, qual a satisfação que a renda na área jurídica tem gerado.
As diferenças na satisfação acentuam-se com a mudança de gênero. Entre as mulheres, a insatisfação com a renda aumenta - 44,6% das advogadas estão insatisfeitas, total ou parcialmente, com os ganhos na carreira.
Considerando as áreas de atuação, também há mudança no resultado da pesquisa.
Piso salarial
A Câmara analisa proposta (PL 6.689/13) que visa à fixação do salário mínimo profissional do advogado privado.
Na justificativa do projeto, o autor destaca as grandes "mutações estruturais nos últimos 20 anos" da advocacia e afirma que a inexistência de um piso salarial para a categoria tem feito com que os advogados privados ingressem nos escritórios recebendo "valores irrisórios", especialmente os profissionais recém-formados.
Fonte: Nação Jurídica.
2 Comentários
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Na maioria dos escritórios não há respeito pela atividade profissional que futuramente será exercida pelo estagiário (a). Não existe o empenho de profissionalização, de desenvolvimento profissional; apenas um "ajudante" barato e sem vínculos empregatícios.
Depois de vigorar o "processo eletrônico" a demanda é muito menor, portanto, com tanta reserva de mão de obra disponível o salário "despenca".
Há que se modificar todo o Curso de Direito, onde a Faculdade será a responsável pela formação profissional do educando. Hoje em dia, a maioria das faculdades apenas fornecem o diploma de Bacharel em Direito, em prestações pagas ao longo do curso.
A verdadeira formação é uma verdadeira piada.
Não há muitas notícias (se houver) de alguém se formar e sair capacitado dos bancos das faculdades, pronto para pelo menos patrocinar uma causa simples.
A OAB não faz o que deveria fazer, sendo o que pretende ser; não apenas um órgão de fiscalização, mas um órgão regulamentador e com poderes para decidir quem pratica ou não a profissão; deveria atuar junto às faculdades, impedir o estelionato educacional, vergonhoso em que vivemos.
Falta entender se é falta de condições/disposição ou falta de interesse em mudar a situação vivida atualmente.
De toda sorte quem paga "o pato" é a vítima do estelionato que não consegue sobreviver com a profissão escolhida e a péssima formação conseguida; se dependendo do “FIES”, acaba tendo que pagar o financiamento, proposto para depois de estar praticando a profissão escolhida, de uma forma aleatória, fora do proposto como “vida profissional”.
Se está "comprovado" a existência de um número muito elevados de pessoas que se forma em Direito, o correto seria fazer um tipo de exame de "proficiência" nos vestibulares, impedindo aqueles "sonhadores" com a advocacia, e, por conseguinte permitir o acesso aos bancos às pessoas que mais têm a ver como o mister da carreira jurídica.
Mas o que parece, é que ganhar dinheiro é o mais importante; mais alunos, mais mensalidades, mais lucros; mais concursos para a Ordem por não comportar mais advogados, mais lucros da mesma maneira com a cobrança da taxa de exame por N vezes de um não advogado.
Se a mensalidade de um advogado está "próxima" a soma das taxas dos três exames anuais dos não advogados, para que mudar o que está rendendo bastante, "muito bastante", sem "poluir mais o mercado com mais advogados.
Depois dos exames serem organizados pela FGV, a estatística milagrosa de quantidade de inscritos X quantidade de aprovados permanece em um patamar semelhante (milagrosamente), continuamente. continuar lendo
Boa noite!!! Esse assunto é atualíssimo e precisa de um up... Nós advogados autônomos (que não se sujeitam aos grandes escritórios/cartéis de advocacia), vivemos tempos sombrios... Depois da virtualização dos Processos, parece-me que os membros do Poder Judiciário e os Serventuários da Justiça, deram 10 passos para trás no progresso, foi criado um tal de "Balcão Virtual" para suprimir a desídia, mas ouvimos sempre a mesma ladainha: _ Doutor, o seu processo está na fila, não tem como colocá-lo na frente, tem que aguardar... E esse aguardar vai de 03 a 05 meses,
Outra coisa que a meu ver é um atraso, é a Parte perdedora depositar numa conta judicial os valores da condenação!!! Por que não deposita direto na conta da parte vencedora e/ou de seu advogado e, peticiona anexando o comprovante de depósito? Se os valores não forem depositos corretamente, é só a parte vencedora não dar a quitação, mas não, o advogado tem que largar seus afazeres para implorar no Balcão Virtual a Expedição do Mandado de Pagamento, sendo que já veio de uma via crucis de espera do seu "colega" advogado, deixar transcorrer 10 dias para receber a intimação/citação (classe desunida) e depois, mais 15 dias úteis para o cumprimento da sentença... Está horrível,insurpotável ser advogado nesse Brasil, e olha que nem entrei no assunto da atuação dos juízes dentro do processo e do não comparecimento no local de trabalho, sem qualquer fiscalização. continuar lendo