Advogado que ficou quase 2 horas em fila bancária será indenizado no valor de R$ 17 mil
A demora de quase 2 horas em fila bancária para um advogado levantar alvarás de processos que patrocinava gerou a condenação do BB ao pagamento de R$ 17 mil de danos morais.
O juiz de Direito A. G. S. F, do 2º JEC de Goiânia/GO, afirmou que o prazo excedeu ao limite do bom senso e que são "péssimos os antecedentes do reclamado, tendo sido condenado neste juízo por dezenas de vezes pelo mesmo erro".
De acordo com o autor, o advogado T. C. J, por duas vezes - uma em setembro e outra em outubro - foi à agência do banco localizada no prédio do TJ/GO e enfrentou o mesmo problema. Na primeira vez, esperou 1 horas e 45 minutos para ser atendido, e, na segunda, 1 hora e 30 minutos.
Na sentença, o magistrado destacou que a demora no atendimento bancário, por si só, não gera automático direito ao recebimento de indenização por danos morais. No caso específico, entretanto, o julgador considerou que a demora "maculou o que se entende por razoável no Estado Democrático de Direito para um serviço de primeira necessidade".
Faço aqui questão de registrar que esse tipo de reclamação tem se tornado comum entre os advogados da comarca (desde que estava em Anápolis e repetindo-se agora, em Goiânia), chegando sempre ao conhecimento deste julgador (como fato notório) que o banco reclamado presta um péssimo atendimento aos advogados no que pertine ao 'pagamento' das centenas de alvarás expedidos pelo Poder Judiciário.
Processo: 5606158.37.2014.8.09.0060
Fonte: Amo Direito.
20 Comentários
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Os valores de indenização deveriam ser definidos em lei. Atualmente dependem do humor do juiz. Isso não é justiça. É loteria. continuar lendo
Fiquei 5 horas na última sexta-feira dentro de uma agência da Caixa Econômica Federal e mais 4 horas na última segunda-feira tentando resolver problemas de conta de FGTS inativo. Meu pai e eu perdemos duas ações na justiça por demora no atendimento, uma contra o Itaú e a outra contra o Bradesco, respectivamente. Você acha mesmo que eu vou colocar a Caixa Econômica na justiça? Infelizmente nesse país algumas pessoas são "mais iguais" que as outras perante a lei. continuar lendo
Acredito que para a fixação do montante em valor tão elevado foi considerada a prática reiterada da conduta, evidenciada pelas dezenas de ações pautadas na mesma conduta. continuar lendo
Permita-me discordar de seu comentário "... fixação do montante em valor tão elevado ...". Esclareço:
R$ 17.000,00 ou R$ 170.000,00 é insignificante para os lucros advindos na não contratação de funcionários para agilizar o serviço. Afinal são simples advogados, engenheiros, médicos ou trabalhadores braçais a serem prejudicados. Fosse um deus do Olimpo (desembargador, juiz ou promotor) ai sim, o "pau ia comer solto". Enquanto ficar essas misérias de indenização não teremos uma situação séria, comprometida em bem atender os cidadãos. continuar lendo
O BB é "freguês de caderno" da justiça, em qualquer nível ou instância. O BB não negocia, não faz acordo e protela até o o infinito, tanto quanto a legislação permitir, inclusive com a prática de litigância de má fé, se for necessário (aconteceu comigo). E no final paga (8 a 10 anos depois...). É por isso que os juízes tem este posicionamento com o BB, porque ele merece, e eles sabem muito bem que é o tal do BB. Na primeira das minhas audiências contra o BB o juiz já começou perguntando ao advogado do BB: "Acordo, nem pensar, não é?" E o advogado deu um sorriso amarelo e constrangido, dando de ombros, e nada comentando.... Assim age o BB. Mas o BB sabe que apenas fração ínfima de pessoas o processam, então vale a pena essa conduta, financeiramente, já que moralmente dispensa comentários. continuar lendo