Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
24 de Abril de 2024

Relator da reforma política já admite alterações no “distritão” e no financiamento público

Proposta de mudanças na Constituição pode ser votada hoje pelo Plenário da Câmara.

há 7 anos

O relator da reforma política, deputado Vicente Candido (PT-SP), já admite alterar a proposta de emenda à Constituição (PEC 77/03) que altera as regras eleitorais. O texto principal da proposta pode ser votado pelo Plenário da Câmara hoje, mas Candido avalia que os destaques ficarão para semana que vem e novas mudanças serão feitas.

Em conversas com lideranças partidárias, o relator disse que o “distritão” perdeu força e que há o entendimento de que o Fundo Especial de Financiamento da Democracia deve ser menor que o inicialmente proposto. “Vários líderes defenderam que o fundo precisaria ser mais modesto, que não precisaria estar vinculado neste momento à receita da União”, explicou.

Emenda

A ideia de Candido é apresentar uma emenda para que o percentual do fundo seja definido anualmente na Lei Orçamentária, em vez de ter um percentual determinado na Constituição Federal.

O texto que será analisado em Plenário prevê que 0,5% da Receita Corrente Líquida seria destinada ao fundo, algo em torno de R$ 3,6 bihões no ano que vem.

Críticas

Integrantes da comissão especial que aprovou o texto ontem reclamaram das alterações. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) criticou o que chamou de “arranjos” fora da comissão.

O próprio presidente do colegiado, Lucio Vieira Lima (PMDB-BA), também contestou. “Não é de bom tom fazer acordos fora da comissão”, declarou, lembrando, entretanto, que as mudanças precisam ser referendadas em Plenário e que os integrantes da comissão especial podem votar contra. “Faz parte do processo legislativo”, ressaltou.

Repercussão

Vicente Candido esclareceu que a repercussão na mídia em torno de temas da reforma política preocupou parlamentares, entre eles, o presidente do Congresso, Eunício Oliveira (PMDB-CE), com quem o relator almoçou hoje.

“Nós votamos ontem o texto [na comissão] e, hoje, já há sinais de mudança, porém isso faz parte da conjuntura. O Congresso é muito sensível à polêmica que os jornalistas provocam. O sistema de listas foi muito criticado e agora é o ‘distritão’. A tese desse modelo eleitoral, que tinha apoio forte, perdeu força nesses dias”, destacou.

O momento, reconheceu Candido, exige negociações individuais. “Tenho que conversar com cada um. Na comissão, só houve posição de bancada do PT e do Psol, e isso dificulta muito. Preciso falar com os outros 400 deputados.”

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:PEC-77/2003

Reportagem - Geórgia Moraes

Edição - Marcelo Oliveira

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'

  • Sobre o autor" A palavra é o instrumento irresistível da conquista da liberdade" Ruy Barbosa.
  • Publicações773
  • Seguidores575
Detalhes da publicação
  • Tipo do documentoNotícia
  • Visualizações197
De onde vêm as informações do Jusbrasil?
Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/relator-da-reforma-politica-ja-admite-alteracoes-no-distritao-e-no-financiamento-publico/488762172

4 Comentários

Faça um comentário construtivo para esse documento.

Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)

Houve um recuo na proposta de reforma eleitoral. Tentativas absurdas, como a do deputado Vicente Cândido (PT-SP) de emplacar o jabuti dos oito meses de impunidade para candidatos a mandatos eletivos e a admissão de doadores ocultos parecem ter caído por terra. O voto apelidado de “distritão” também entrou na berlinda. A redução de R$ 1,6 bilhão no fundo destinado a financiar as campanhas políticas me parece ainda um corte modesto, afinal o país atravessa uma crise econômica nunca vista em nossa história. Vamos ter que provisionar rombos nas contas públicas pelo menos nos próximos dois anos.

Por sorte, a sociedade despertou diante da corrupção sistêmica revelada com a Operação Lava Jato e o fato de a população não estar indo às ruas não significa que esteja morta. As manifestações de rua foram substituídas pelas nas redes sociais e a nova forma de expressão popular, será, decerto, decisiva na indicação dos rumos que a política nacional deverá tomar a partir de 2019. continuar lendo

O valor do fundo é imoral. A maior parte do financiamento de partidos deveria vir de contribuições de seus simpatizantes, como propõe o NOVO. As pessoas não devem ser saqueadas para financiar políticos. Se um partido não tem simpatizantes para o financiar não deve nem existir. continuar lendo

O crime organizado dos políticos não vai mudar com este sistema. continuar lendo

Em nossa república bananeira, cada um age e pensa em si próprio. No congresso é da mesma forma. Leis são feitas para benefício próprio ou na forma de beneficiar alguma empresa que posteriormente bancará a campanha para a reeleição. O problema na república é cultural. Os larápios dos 3 poderes (com p minúsculo) fazem o que bem entendem, pois estão seguros da impunidade e da apatia da população. continuar lendo